BLOG DE RNPACARJAS

BLOG DE RNPACARJAS
carajas

RADIO CNAGITOS

sábado, 23 de março de 2019

Pará ultrapassa Minas Gerais em produção de minérios pela primeira vez na história

Estado do Norte havia deixado o do Sudeste para trás em exportações desde 2018. Agora, produziu mais com cômputo total no primeiro bimestre deste ano. Fator Brumadinho derrubou MG.
O Pará alcançou um feito inédito que até era esperado, mas não para este início de ano: ultrapassou Minas Gerais na produção total de recursos minerais. O Blog do Zé Dudu levantou neste sábado (23), com exclusividade, a produção mineral por estado indicada pela Agência Nacional de Mineração (ANM) para os primeiros dois meses deste ano e descobriu que o estado do Norte está cerca de R$ 60 milhões à frente do estado do Sudeste.
A expectativa do mercado era de que o Pará só conseguiria ultrapassar Minas Gerais em movimentação financeira em 2020, quando a expansão programada do projeto S11D, em Canaã dos Carajás, chegasse próxima a sua capacidade nominal de produção física de minério de ferro. No entanto, o rompimento da barragem de rejeitos da Mina do Feijão, no município de Brumadinho (MG), trouxe desequilíbrio na produção mineral por parte da multinacional Vale, no Sudeste, como efeito cascata. Diversas operações da empresa entram na mina da justiça e no olho do furacão da tragédia envolvendo a mineradora e, por isso, tiveram atividades paralisadas, implicando freio à produção em Minas Gerais.
Enquanto isso, aqui no Pará, a produção da Vale cai no município de Parauapebas, mas avança exponencialmente em Canaã dos Carajás, compensando eventuais perdas. No mês passado, a produção mineral de Canaã (que é composta por minérios de ferro e cobre) superou, pela primeira vez na história, a de Parauapebas (cujo portfólio abarca ferro, cobre e níquel). Desde setembro de 2003, Parauapebas ocupava o topo da mineração nacional, sem rival à altura.
Não obstante, o Pará também surra Minas Gerais na balança comercial. Desde 2018, Minas já não é o maior exportador de commodities minerais porque o Pará é quem exporta mais, tanto em volume quanto em valor financeiro. Por outro lado, o Pará ainda não havia experimentado o gostinho de superar Minas em produção total — quase toda a produção mineral paraense é exportada, enquanto considerável parte da produção mineira abastece o mercado doméstico.
Movimentação financeira
Nos primeiros 60 dias deste ano, o Pará produziu R$ 8,8 bilhões em recursos minerais, enquanto Minas vem na cola, com R$ 8,74 bilhões, de acordo com números levantados pelo Blog junto à Diretoria de Procedimentos Arrecadatórios (Dipar) da ANM. Goiás completa o time dos — até o momento — bilionários da mineração nacional, com R$ 1,13 bilhão arregimentados do solo.
Aqui no Pará, a Vale sozinha produziu R$ 7,54 bilhões em commodities, o equivalente a 85% de toda a produção mineral do estado. Lá em Minas, a multinacional produziu, até agora, R$ 2,94 bilhões. Tudo o que a mineradora já movimentou este ano no estado do Sudeste é inferior à produção dela mesma no município de Parauapebas (R$ 4,1 bilhões) e quase a mesma coisa do município de Canaã dos Carajás (R$ 2,3 bilhões).
Os paraenses Parauapebas e Canaã, aliás, são o 1º e o 2º maiores produtores de recursos minerais do Brasil, respectivamente. Eles surram com folga os 3º e 4º colocados, Congonhas (R$ 1,21 bilhão) e Itabira (R$ 994 milhões), ambos mineiros. O 5º maior produtor nacional é Marabá (R$ 990 milhões).
No primeiro bimestre deste ano, o Brasil movimentou R$ 22,3 bilhões em sua poderosa indústria extrativa mineral dispersa por 2.237 municípios. Confira os multimilionários da mineração do país!
 

Anatel vai bloquear celulares no Pará sem certificação neste domingo

Akira Onuma / Arquivo O Liberal
Celulares sem certificação serão bloqueados a partir do próximo domingo, 24, em quatro estados da região Norte (Amazonas, Roraima, Pará, Amapá); na região Nordeste (Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia); e em dois estados da região Sudeste (Minas Gerais e São Paulo). A medida vale para aparelhos habilitados a partir do dia 7 de janeiro deste ano.
A ação faz parte do projeto Celular Legal da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que se encontra em sua última etapa. Já foram bloqueados 244.217 celulares em todo o Brasil e foram enviadas 531.446 mensagens de aviso a celulares irregulares até o momento.

sexta-feira, 1 de março de 2019

VISTORIA DO MPF APONTA QUE BARRAGEM DE BELO MONTE OPERA SEM PLANO DE EMERGÊNCIA


(Foto: Norte Energia)
O Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA) divulgou o resultado de uma vistoria realizada entre os dias 25 e 26 de fevereiro na região da Volta Grande do Xingu, sudoeste do Pará. Segundo o MPF, a Usina Hidrelétrica de Belo Monte está funcionando sem plano de emergência e não apresenta os monitoramentos semestrais exigidos pelo licenciamento ambiental .
A vistoria foi realizada por equipes com representantes de nove instituições nacionais e internacionais, acompanhadas de pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA).
O grupo percorreu 25 comunidades, no trecho que sofre impactos ambientais de Belo Monte. De acordo com o MPF, as comunidades relataram uma situação de abandono. As autoridades convocaram prefeitos da região e a empresa para apresentaram suas constatações.
Como medidas urgentes, o MPF deu um prazo de 24 horas para que a Norte Energia envie o plano de emergência da barragem e os relatórios de monitoramento sobre os impactos da hidrelétrica.
G1/PA

Mineração em Serra Pelada pode ser retomada

A exploração do ouro em Serra Pelada, distrito de Curionópolis, no sul do Pará, pode ser retomada. A canadense Annapurna mostrou interesse em investir na mineração na região. O assunto foi levado ao deputado Eliel Faustino, que é vice-presidente da Comissão de Meio Ambiente, Mineração, Geologia e Energia da Alepa, pelo prefeito Adonei Aguiar, o presidente da Câmara Municipal, Raimundo da Silva (Nonato Maranhense) e os vereadores Wilson Ferreira, Junior Brito e Paulo Higino. Eliel vai acompanhar de perto a instalação da empresa e já agendou novas reuniões para discutir questões ambientais, sociais, técnicas e jurídicas com os segmentos envolvidos e órgãos municipais e estaduais, e quer que a mineradora debata com a sociedade os desdobramentos da operação para a economia do Estado.