Um
grupo internacional de pesquisadores aliado com algumas das principais
organizações ambientais do mundo divulgou ontem (16) o primeiro
indicador sobre a saúde dos oceanos. O resultado mostra que a capacidade
de fornecer benefícios aos seres humanos e manter, ao mesmo tempo, a
qualidade de seus ecossistemas é crítica e está bem além do que poderia
ser. Foram analisadas as condições de dez objetivos socio-ecológicos dos
oceanos nas zonas econômicas exclusivas de 171 países e territórios
costeiros. Com notas variando de 0 a 100, chegou-se a uma média global
de 60.
O ineditismo do
trabalho foi pela primeira vez considerar não apenas a preservação dos
mares, mas seu uso sustentável. Os dados avaliados foram desde a
capacidade de prover alimentos até a de preservar sua biodiversidade,
passando por poluição e uso em turismo. A interpretação é de que, quanto
menor a nota, menos o país está sendo capaz de aproveitar os benefícios
dos oceanos ou isso está sendo feito de modo insustentável.
O Brasil ficou bem na
média, com 62 pontos, atingindo a 35ª colocação. Serra Leoa, em último,
teve nota 36. A mais bem colocada foi a Ilha Jarvis (território
dependente dos EUA no Pacífico), com 86 pontos, mas o local é
desabitado, assim como os Territórios Desabitados dos EUA no Pacífico,
que aparecem em segundo lugar, e a Ilha Clipperton, em terceiro. Só em
quarto lugar, com iguais 73 pontos, aparecem as primeiras nações
propriamente ditas - Ilhas Seychelles e Alemanha.
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