Até o fim deste mês, o IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anuncia os resultados da
pesquisa que revela a expectativa de vida do brasileiro e que, consequentemente,
altera o valor do fator previdenciário, utilizado no cálculo da
aposentadoria.
No ano passado, o Instituto
mostrou que a expectativa de vida do brasileiro passou de 73,2 anos para 73,5
anos, entre 2009 e 2010, o que resultou em um acréscimo de 41 dias para obter,
em 2012, o mesmo valor de aposentadoria que o trabalhador teria se tivesse
requerido o benefício um ano antes.
Para este ano, caso nada
mude nos cálculos da aposentadoria, o acréscimo para quem vai se aposentar em
2013 pode chegar aos dois meses, aposta a presidente do IBDP (Instituto
Brasileiro de Direito Previdenciário), Jane
Berwanger.
“A tendência é que o
brasileiro viva cada vez mais e isso afeta diretamente o cálculo do benefício.
Enquanto não houver uma definição sobre o fator previdenciário, o trabalhador
irá se aposentar cada vez mais tarde”, argumenta.
Criticado pelos
representantes dos trabalhadores, o fator previdenciário é aplicado desde 1999 e
leva em conta o tempo de contribuição, a idade e a expectativa de vida. Na
época, explica Jane, o objetivo do governo era diminuir o rombo na
previdência.
Na última semana de
outubro, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, disse que o projeto
de lei com a fórmula 85/95, que extingue o fator previdenciário, deve ser votado
no próximo dia 20 de novembro.
O projeto prevê a concessão
do benefício conforme a soma de idade e do tempo de contribuição, que seria de
85 para mulheres e 95 para os homens. Dessa forma, um homem com 35 anos de
contribuição, por exemplo, receberia aposentadoria integral a partir dos 60 anos
de idade.
Por Gladys
Ferraz Magalhães
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