Depois dos deputados do PTB, mais gente da coligação 'Acelera Pará' está pronta para aderir à candidatura de Simão Jetene (PSDB). Deve acontecer daqui a pouco reunião de Jatene com o deputado federal reeleito Zequinha Marinho (PSC) para acertar a entrada do parlamentar e de todo o seu grupo na campanha tucana.
Com Zequinha estará pelo menos um prefeito: Renan Lopes Souto (PMDB), de Água Azul do Norte, que no primeiro turno foi fiel ao seu partido e acompanhou Domingos Juvenil para o governo e Jader Barbalho para o Senado. Renan já havia avisado Jader, no início da campanha, que poderia não acompanhar o PMDB no segundo turno, caso o partido decidisse pelo apoio a Ana Júlia Carepa (PT). Apesar de Jader não ter anunciado ainda que caminho os peemedebistas tomarão, Renan está se antecipando e optando por Simão Jatene.
Zequinha Marinho, todos sabem, passou o primeiro turno reclamando de falta de apoio da 'Acelera Pará' aos candidatos do PSC. Segundo ele, nem santinhos a coligação havia disponibilizado para os candidatos a deputado do partido, pelo menos até certo momento da campanha, quando Zequinha ameaçou desembarcar da nau situacionista.
Além da falta de apoio financeiro, o PT avançou sobre a seara de Zequinha, cooptando lideranças da Igreja Assembléia de Deus, da qual o deputado é membro. Ali, especialmente a Democracia Socialista, tendência petista da qual faz parte a governadora Ana Júlia Carepa, tentou tirar votos de Zequinha, principalmente para o candidato a federal da DS, Cláudio Puty, o queridinho da governadora e que foi chefe da Casa Civil do governo até o início deste ano. Puty também se elegeu deputado federal no último domingo.
Em dado momento, Zequinha teve que bater de frente com lideranças da Assembléia de Deus para garantir o seu espaço. Dezenas de pastores reagiram à liderança da AD no Pará para garantirem apoio a Marinho, fazendo com que aqueles que tentavam levar a igreja a apoiar Puty tivessem que recuar.
Agora, vem o que parece ser o troco de Zequinha aos ataques do PT à sua seara, no momento em que a governadora mais precisa de apoio para tentar tirar a diferença que a separa de Jatene. Tudo indica que Ana vai pagar um preço muito alto por priorizar a candidatura de Cláudio Puty, em detrimento de outros aliados.
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