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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Deputado reeleito Wlad, o mais votado do Pará, é acusado de comprar votos

A Procuradoria Regional Eleitoral no Pará (PRE-PA) acusa o deputado federal Wladimir Afonso da Costa Rabelo (PMDB-PA) de comprar votos nas eleições de outubro, quando foi reeleito como o mais votado do Estado, com 236 mil votos. Segundo representação encaminhada ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PA), Wladimir Costa oferecia gratuitamente cursos de informática em troca de apoio nas urnas.
Caso seja considerado pela Justiça, Wladimir Costa pode ser impedido de tomar posse ou ser cassado. Segundo a representação, enviada ao TRE no último dia 12, o candidato agiu com o apoio do irmão, Wlaudecir Antônio da Costa Rabelo, e de um funcionário de uma rádio do município de Itupiranga, no sudeste paraense. Alunos do curso de informática confirmaram à PRE-PA que carro de som circulava pelo município informando que Costa era o proprietário da rádio Jovem FM, onde o curso era oferecido.
O coordenador da rádio e coordenador da campanha do candidato, Murilo Santos Ferreira, afirmou que o curso era promovido pela empresa W. A. C. Rabelo e Cia Ltda., permissionária da rádio.
"Embora a empresa permissionária da rádio responsável pelo curso não tenha, formalmente, como sócio o representado Wladimir Costa, a apuração realizada deixou claro que é de reconhecimento unânime no município a vinculação entre o candidato e a rádio, sendo ele tido como proprietário pelos habitantes do local", observam os procuradores eleitorais André Sampaio Viana e Bruno Araújo Soares Valente no texto da representação.
Wladimir Costa foi o mais votado em Itupiranga, com 4.896 votos, o que representou 22,85% dos votos válidos no município. Segundo a PRE-PA, os números revelam "o sucesso da empreitada ilícita". A representação da PRE-PA ao TRE ressalta que, para configurar-se compra de votos, não é necessário que haja pedido expresso de voto, bastando a evidência de que a vantagem foi oferecida para a obtenção da contrapartida.
Defesa
A assessoria de imprensa de Wladimir Costa informou que o deputado não recebeu formalmente a denúncia e, por isso, não deu declarações sobre o caso. "Tão logo seja notificado oficialmente, (o deputado) vai se pronunciar e encaminhar a defesa", disse a assessoria, que classificou a acusação de "questão meramente política". "São adversários que querem imputar ao deputado acusações diversas, justamente quando ele vive seu melhor momento político."

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