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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Da TV para o banco de reservas

A relação entre televisão e futebol sempre foi muito próxima. Em alguns casos na história do esporte brasileiro, uma profissão até interferiu na outra. Prova disso são os comentaristas, narradores e até atores que saíram das telinhas e se aventuraram nos gramados para viverem a experiência como técnicos de futebol. O UOL Esporte selecionou alguns casos emblemáticos.

Nuno Leal Maia

DivulgaçãoDepois de passar pelas categorias de base do Santos, Nuno Leal Maia conciliou a carreira de ator da TV Globo com a de técnico de futebol. A primeira experiência nos gramados foi no São Cristóvão, em 1993. Anos depois ele justificaria sua saída foi pelo desmanche do elenco. Em 1994, aceitou proposta do Botafogo da Paraíba, que dividia a atenção do ator com a novela “Pátria Minha”. Ele ainda dirigiu o Londrina, onde conseguiu ter mais sucesso com uma campanha de cinco vitórias, três empates e uma derrota no Paranaense. O então Tony Carrado de “Mandala” assumiu a responsabilidade de comandar o também paranaense Matsubara. Foi o último trabalho de Nuno que preferiu se dedicar à atuação.

Apolinho

FSP-EsporteWashington Rodrigues também era conhecido como “Apolinho” – porque usava um microfone sem fio utilizado pelos astronautas da missão Apolo, em 1969. Ele começou a carreira na Rádio Guanabara e ainda passou pelas rádios Nacional, Continental, Tupi e Globo,. Mas o fato mais inusitado de sua carreira foi como técnico. Em 1995, ele foi convidado para assumir o Flamengo, justamente no centenário do clube. Apolinho estreou com vitória sobre o Velez Sarsfield-ARG pela Super Copa dos Campeões da Libertadores e emplacou uma boa sequência. Mas as derrotas não demoraram a acontecer diante do momento conturbado do clube. No fim da temporada, ele entregou o cargo para Joel Santana.

Falcão

Lucas Uebel/VipcommFalcão fez o caminho inverso dos jornalistas que viraram técnicos. Revelado pelo Internacional e considerado um dos maiores ídolos da história do clube na década de 70, ele voltou nos anos 90 como técnico. Mas não empolgou e não conseguiu classificar o time no Brasileirão. Falcão ainda dirigiu o América-MEX, a seleção do Japão e assumiu a seleção brasileira depois da decepção na Copa do Mundo de 1990 conquistando o vice-campeonato da Copa América. O ex-jogador decidiu investir na carreira na televisão e teve sucesso ao se tornar o primeiro comentarista da TV Globo por muitos anos. Em 2011, ele volta ao Inter após deixar a emissora e o programa semanal na Rádio Gaúcha.

João Saldanha

Reprodução/FolhapressJoão Saldanha foi considerado um dos mais renomados escritores de esportes e ainda trabalhou como comentarista no rádio e na televisão. Mas logo sua carreira teve um novo rumo. Em 1957, o Botafogo decidiu contratá-lo como técnico, apesar de sua falta de experiência, e ele acabou conquistando o Campeonato Carioca daquele ano. O trabalho deu respaldo para que fosse convidado para assumir a seleção brasileira em 1969. Saldanha enfrentou dificuldades por não convocar atletas indicados pelo presidente Emílio Garrastazu Médici, em particular o atacante Dario Maravilha. Mas o último atrito no comando da seleção canarinho foi com o auxiliar-técnico que pediu para deixar o cargo, alegando ser impossível trabalhar com o jornalista.

Luciano do Valle

DivulgaçãoLuciano do Valle sempre será lembrado como um dos maiores narradores da televisão brasileira. Mas pouca gente se lembra que ele já se aventurou como técnico. E de um time muito seleto. Em 1987, o narrador e um grupo de empresários organizaram a primeira edição da Copa Pelé e reuniram craques como Rivellino, Edu, Gil, Gérson, Luís Perreira, Dadá Maravilha e Cafuringa na seleção de másters. Naquela ocasião, várias seleções campeãs do mundo como Brasil, Argentina, Uruguai e Alemanha foram representadas em São Paulo e Santos. Mas o final não foi muito animador e naquele ano a seleção acabou perdendo o título para a Argentina.

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