Na segunda rodada das pesquisas para o Sinduscon [Sindicato da Indústria da Construção Civil], a Consult perguntou o seguinte:
O(a)
sr.(a) deixaria ou não de votar em um candidato a Prefeito(a) ou
Vereador(a), pelo fato do(a) mesmo(a) ter alguma condenação em primeira
instância?
A
resposta dos entrevistados pela Consult foi devastadora: 73,80%
disseram que deixaria de votar. Apenas 6,8% afirmaram que não deixaria
de votar; 14,8% disseram que iria depender da condenação; 4,6% não
tinham opinião formada.
Tem
um detalhe na pergunta da Consult: a intolerância do eleitor não leva
em conta a exigência de condenação colegiada como determina a Lei da
Ficha Limpa. Basta o candidato (a) ter sido condenado em primeira
instância, coisa que não está prevista na nova norma.
Portanto,
a eleição municipal deste ano será marcada pela Ficha Limpa. Depois que
o Supremo Tribunal Federal esclareceu a eficácia da nova lei, o que
pode e o que não pode, a Ficha Limpa virou uma espécie de selo de
qualidade para os candidatos.
Quem
for 'ficha limpa' na eleição deste ano [e nas seguintes] levará
vantagem na disputa. Por outro lado, quem tiver problemas na Justiça ou
máculas do passado enfrentará dificuldades.
O
tema será bastante explorado nas campanhas. Poucos têm condições de
bater no peito e dizer: "Eu sou um candidato ficha limpa!". Muitos
tentarão dizer, mas não serão convincentes.
Quem
passou por governos ou participou de governos geralmente responde a
processos de toda ordem. Alguns amargam condenações por improbidade
administrativa. Outros estão envolvidos em escândalos de corrupção.
A
eleição não será fácil para o candidato ficha suja. Quem tiver seus
esqueletos no armário que guarde-os bem, porque o eleitor, como a gente
viu na pesquisa da Consult, está de mau humor com os políticos enrolados
na Justiça.
A
ficha suja será uma espécie de Cuca, aquela personagem de Monteiro
Lobato no Sítio do Pica-pau Amarelo: "Cuidado com a Cuca, que a Cuca te
pega, te pega aqui, te pega acolá".
Já o Ficha Limpa vai pegar para o bem. Será o grande diferencial das próximas eleições.
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