
Os produtores familiares de abacaxi do município de Floresta do Araguaia pedem apoio ao governo do Estado para enfrentar uma situação que está ameaçando não só a produção como a própria sobrevivência deles. Segundo um grupo de produtores que se reuniu com o secretário de Estado de Agricultura, Hildegardo Nunes, na manhã desta terça-feira (24), na sede do órgão, produtores estão sendo obrigados até a vender os próprios lotes para pagar as multas estratosféricas que fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego vem aplicando a eles por supostas más condições de trabalho dos trabalhadores que fazem o embarque do fruto nos caminhões.
Acompanhados do vice-prefeito de Floresta, Adélio Santos Sousa, os produtores Francisco das Chagas Lopes da Silva (o Chiquinho da Jussama), Eráclito Genuíno e Wederson Souza do Nascimento pediram apoio ao secretário Hildegardo para que o Estado faça a intermediação junto ao Ministério do Trabalho, com o objetivo de encontrar uma solução para o problema. Segundo eles, as multas chega a R$ 60 mil e até R$ 100 mil. “É por isso que nós estamos aqui diante das autoridades do Estado para que haja um consenso com o Ministério do Trabalho para que tire os produtores dessa situação”, disse o produtor Chiquinho da Jussama.
O secretário Hildegardo Nunes informou que vai enviar um ofício à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego relatando “o grau de exigência dos fiscais do trabalho” que pode colocar em risco a produção local e pedindo providências “para que se encontre uma solução que não fira a legislação, mas que atenda a realidade dos produtores”
Floresta do Araguaia é o maior produtor de abacaxi do Pará e um dos maiores do país. Sozinho, o município responde por 76% da produção de abacaxi do Estado, com uma produção anual de 192 milhões e 500 mil frutos (2010). O estado produz 219 milhões 380 mil frutos por ano. A área plantada no município é de 5,5 mil hectares e a produção movimenta R$ 115,5 milhões na economia local.
Fonte: SAGRI
Raimundo Sena – Sagri
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