Depois
do Banco do Brasil, na semana passada, hoje (9) foi a vez da Caixa
Econômica Federal avisar ao mercado que reduziu as taxas de juros
cobradas dos clientes nas operações de crédito. Assim, a Caixa também
passa a reforçar a política do governo de pressionar o sistema finaceiro
para que reduza ospread bancário, que é a diferença entre o custo do
dinheiro que banco capta dos investidores e as taxas que oferece a quem
precisa de crédito.
Coube
ao presidente da Caixa, Jorge Hereda, informar que os clientes contam
com juros mais baixos no cheque especial, cartão de crédito, crédito
direto ao consumidor (CDC), crédito consignado e financiamento de
veículos, além da disponibilidade de um novo cartão para aqueles que
recebem salário pelo banco estatal.
O
objetivo dos dois bancos estatais é induzir os bancos privados a também
oferecer taxas mais baixas para o público em geral. A Federação
Brasileira dos Bancos (Febraban) está negociando uma audiência com o
ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a questão ainda esta
semana.
Ao
anunciar as mudanças, na capital paulista, o presidente da Caixa disse
que a redução dos juros chega a 88% ao ano e o volume de recursos
destinados às operações de crédito aumentou 24% em relação ao ano
passado, totalizando R$ 300 bilhões este ano. Hereda ressaltou que as
medidas foram pautadas por critérios técnicos, amparados na análise da
carteira de crédito e no nível de risco das operações.
“Queremos
ampliar a base de clientes com a estratégia de dar melhores condições
de crédito e menores juros do mercado. A Caixa é a quarta carteira de
crédito do país e queremos ser a terceira até o fim do ano”.
Clientes
de outros bancos também poderão se beneficiar das taxas de juros mais
baixas do banco estatal. A Caixa lançou um plano para estimular as
pessoas a renegociar dívidas caras, mesmo contraídas em outras
instituições bancárias, por dívidas com taxas de juros mais baixas ou
prazos mais longos.
Para
o cheque especial, os juros passam de 8,25% ao mês (a.m.) para 4,27%,
podendo chegar a 1,35% dependendo do relacionamento do cliente com o
banco. Quem têm crédito salário terá redução da taxa de 8,185 a.m. para
3,5% a.m. No ano, a redução deve chegar a 67%. Segundo a Caixa, serão
beneficiados 5 milhões de clientes que já usam o cheque especial.
Para
o cartão de crédito nacional (para uso exclusivo no Brail), os juros
devem cair dos atuais 12,86% para 9,47% ao mês. Para o cartão
internacional, a taxa cai de 12,17% para 8,8% a.m. No caso do Cartão
Azul Caixa, para clientes que recebem o salário pelo banco, a taxa de
juros mensal vai ficar em 2,85% a.m., queda de 87% na taxa anual.
Para
o CDC e o crédito consignado, a redução anual será 34%. No CDC, as
taxas foram reduzidas de 5,4% para 3,88%. Para os clientes com
conta-salário, a redução anual chega a 54%, passando de 4,65% a.m. para
2,39% a.m. De acordo com dados da Caixa serão beneficiados 4,2 milhões
de clientes.
No
consignado, a taxa passou de 2,82% para 1,95% ao mês. Para os
aposentados, caiu de 2,14% para 1,8%, beneficiando 15 milhões de
pessoas.
A taxa para o financiamento de veículos foi reduzida de 1,19% para 0,98%.
Para
pessoa jurídica, as taxa passam de 2,72% para 0,94% ao mês, redução de
68,73% do custo anual. Serão destinados R$ 8 bilhões para financiar
capital de giro. O prazo máximo de pagamento foi estendido de 18 para 40
meses e os limites de contratação passaram de R$ 60 mil para até R$ 1
milhão. A Caixa prevê beneficiar 680 mil empresas.
EBC
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