Na
Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, um estudo mostra que
tomar o chá-mate barra o envelhecimento celular e, assim, prolonga a
juventude. Os pesquisadores selecionaram um grupo de filhotes de
camundongos e os acompanharam por um ano, até se tornarem idosos
saudáveis. Daí, eles foram divididos em três grupos. Por dez meses, uma
turma recebeu chámate natural — encontrado no mercado —, outra bebericou
a versão diet e a terceira ficou à base de água.
“No décimo mês, quando o estudo acabou, identificamos vários genes
relacionados ao envelhecimento em todos os grupos”, conta o professor
Samuel dos Santos Valença, do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ.
“Porém, eles estavam muito mais ativados nos roedores que beberam apenas
água. Aliás, alguns desses camundongos morreram no nono mês.” Já entre
os que sorveram mate natural e especialmente o diet, os genes da velhice
ficaram em silêncio. Além disso, a pelagem desses bichos era mais
bonita e sedosa.
Apesar de a análise dos genes ter ficado restrita ao pulmão, os
estudiosos acreditam que o resultado vale para outras estruturas. “Os
animais que beberam mate viveram mais e melhor. Portanto, dá para supor
que os benefícios não estão ligados apenas ao sistema respiratório.
Nosso próximo passo é repetir o experimento para avaliar as condições
dos outros órgãos”, informa Valença. E só para constar: estamos falando
de genes que também existem no homem. Ou seja, a chance de os efeitos se
repetirem em seres humanos — prolongando a vida e mantendo a pele jovem
por mais tempo — é bem alta.
Ainda é cedo para afirmar qual substância específica da erva está por
trás da ação pró-juventude. Por enquanto, a hipótese é de que o ácido
clorogênico é o maior responsável pela façanha. “Trata-se do principal
antioxidante encontrado no mate”, aposta o pesquisador da UFRJ. Aqui
cabe ressaltar que ser fonte desse e de outros compostos antioxidantes
dá à planta mais superpoderes, como a capacidade de proteger contra o
surgimento de tumores. Pelo menos foi o que notaram estudantes do curso
de nutrição da Universidade do Vale do Itajaí, a Univali, em Santa
Catarina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário