Com a Lei da Ficha Limpa e a resolução editada em março pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que barra candidatos que tiveram contas rejeitadas nas últimas disputas, a eleição municipal deste ano deverá ser a mais rigorosa já realizada.
O cerco às
irregularidades, que inclui a exigência de recibos até de cabos
eleitorais, está provocando corrida sem precedentes aos escritórios de
advocacia. Interessados nos cargos de prefeito e vereador querem saber
se estão livres para concorrer, ao mesmo tempo em que procuram eliminar
do páreo adversários que têm pendências com a Justiça.
A pressão
da Justiça eleitoral aumenta o conflito político, antes mesmo de
iniciada a campanha. Ao chamado “terceiro turno” — ou seja, a ida aos
tribunais depois de realizadas as eleições — acrescenta-se uma
competição prévia. A judicialização eleitoral é criticada por advogados e
até por um ministro do TSE, Arnaldo Versiani. Eles avaliam que o rigor
normativo está transformando a disputa em atividade quase clandestina.
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