DEU NO CORREIO BRAZILIENSE:
Quem são as figuras que ficaram famosas por envolvimento em grandes escândalos que abalaram o país nos últimos 10 anos
1992
Paulo
César Farias, o PC Farias — Considerado o “testa de ferro” de um esquema
que desviou mais de US$ 1 bilhão dos cofres públicos e culminou no
impeachment do ex-presidente Fernando Collor. PC foi condenado a sete
anos de prisão pelo STF por falsidade ideológica, mas foi assassinado
antes de cumprir a pena.
1999
Nicolau
dos Santos Neto, o Lalau — Como juiz trabalhista, Lalau participou do
desvio de R$ 169,5 milhões da construção do Fórum Trabalhista de São
Paulo.
O
escândalo envolveu também o ex-senador Luiz Estevão, que teve o mandato
cassado. Lalau exibia a rentabilidade do esquema desfilando com carros
de luxo em Miami. Foi condenado pelo STJ a 26 anos, seis meses e 20 dias
de prisão pelos crimes de peculato, estelionato e corrupção passiva,
mas cumpre a pena em prisão domiciliar por problemas de saúde.
2001
José Osmar
Borges — Foi considerado o maior fraudador individual do escândalo da
Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), que resultou no
indiciamento de 40 pessoas e na renúncia do senador Jader Barbalho
(PMDB-PA).
De mais de
R$ 1,2 bilhão desviados dos cofres da Sudam em projetos, Borges teria
sido responsável pelo sumiço de R$ 130 milhões. Respondia a cinco
processos por crime contra o sistema financeiro, mas morreu antes da
condenação.
2005
Marcos
Valério – publicitário dono das agências SMP&B e DNA, é acusado de
operar o esquema do mensalão – supostos pagamentos mensais feitos a
parlamentares em troca de apoio ao governo. O dinheiro viria de
empréstimos fraudulentos.
As
empresas de Valério eram beneficiadas em contratos com o governo
federal. Ele é réu no processo sobre o mensalão que deve ser julgado
este ano no STF. Em 2011, foi preso sob acusação de grilagem na Bahia,
mas solto dias depois. Em fevereiro deste ano, foi condenado a mais de
nove anos de prisão pela Justiça Federal em Minas Gerais por reduzir
tributos federais por falsificação de documentos.
2006
Luiz
Antônio Vedoin (foto) e Darci José Vedoin — Filho e pai, sócios da
empresa Planam, que organizava licitações fraudulentas em prefeituras
para a compra superfaturada de ambulâncias.
O esquema
flagrado pela PF na Operação Sanguessuga movimentou R$ 110 milhões com a
ajuda de deputados federais e servidores do Ministério da Saúde. Os
dois foram condenados pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte a
ressarcir os cofres públicos em R$ 370 mil cada.
2007
Zuleido
Veras — Dono da empresa Gautama, foi preso na Operação Navalha, da PF,
que investigava esquema em nove estados e no Distrito Federal de fraude
de R$ 300 milhões a licitações públicas de obras até do PAC, favorecendo
a Gautama. Zuleido também já foi acusado de superfaturar mais de 30
obras e subornar políticos. A Gautama foi considerada inidônea pela CGU e
o processo contra seu dono ainda tramita no STJ.
2009
Durval
Barbosa — Pivô do escândalo conhecido como “mensalão do DEM”, que
revelou esquema de corrupção no Governo do Distrito Federal e na Câmara
Legislativa, Barbosa aproveitou o benefício da delação premiada para
divulgar imagens em que repassava verba de caixa dois a políticos.
A Justiça
do Distrito Federal condenou as empresas envolvidas a devolver aos
cofres públicos R$ 240,8 milhões por contratos firmados sem licitação
durante o esquema. O caso ainda é analisado pelo Ministério Público.
2004 e 2012
Carlos
Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira — A primeira grande aparição do
empresário do ramo de jogos de azar foi no vídeo gravado por ele e
divulgado na imprensa em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro
da Casa Civil José Dirceu, pede propina ao bicheiro para custear
campanhas políticas em troca de ajuda para que as empresas de Cachoeira
ganhassem licitações.
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