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quinta-feira, 30 de maio de 2013

TRE do Pará cassa mandato do deputado Cláudio Puty

 Deputado é acusado de abuso de poder político e compra de votos

O Tribunal Regional Eleitoral do Pará cassou o mandato do deputado federal Cláudio Puty (PT-PA) nesta terça-feira (28). Os desembargadores do TRE decidiram, por quatro votos a um, acatar a denúncia feita pelo Ministério Público Eleitoral sobre abuso de poder econômico, compra de voto e conduta vedada.

A denúncia é de 2010 e ocorreu após a operação Alvorecer, deflagrada pela Polícia Federal no Pará. Segundo a relatora do processo, juíza Eva do Amaral, a investigação policial utilizou interceptação telefônica - autorizada pela Justiça Federal - para concluir crimes eleitorais que englobam abuso de poder econômico, conduta vedada e compra de votos.


A denúncia do MP Eleitoral é de 2010 e ocorreu após a operação Alvorecer, deflagrada pela Polícia Federal no Pará. Segundo a relatora do processo, juíza Eva do Amaral, a investigação policial utilizou interceptação telefônica - autorizada pela Justiça Federal - para concluir crimes eleitorais que englobam abuso de poder econômico, conduta vedada e compra de votos.
Provas documentais e escutas telefônicas demonstraram o envolvimento de Puty, então candidato no esquema, segundo o MP. A denúncia afirma que o parlamentar usava planos de manejo madeireiro, aprovados irregularmente, como moeda de troca para apoio político e votos.
De acordo com o MP Eleitoral as escutas telefônicas constataram que investigados da operação Alvorada deixaram explícito que os planos de manejo liberados irregularmente seriam usados como forma de obter votos. Outras provas mostraram que o então chefe da Casa Civil do Estado - na época governado por Ana Júlia Carepa - usava sua influência polícia para interferir diretamente na liberação de autorizações definitivas de exploração florestal.
A denúncia evidencia ainda que grupos de fazendeiros da região sul e sudeste do Pará decidiram apoiar a candidatura de Puty em troca das liberações de exploração florestal. Além de Puty foram condenados José Cláudio Moreira Cunha - então secretário adjunto de Meio Ambiente - e Aníbal Picanço - secretário de Meio Ambiente. Por não terem mandato eletivo, os dois foram multados.
No mesmo esquema estão implicados os deputados estaduais Bernadete Ten Caten (PT) e Gabriel Guerreiro (PV). Ainda segundo o MP Eleitoral, as provas relativas a Puty foram enviadas a Procuradoria Geral da República, em Brasília, pelo fato de o deputado ter foro privilegiado.
Ainda de acordo com a juíza, o parlamentar poderá recorrer da decisão ao TRE do Pará e posteriormente em outras esferas da justiça eleitoral, se necessário.
Outro lado
O parlamentar classificou a decisão do TRE-PA como 'absurda'. 'Há no processo uma declaração do delegado afirmando textualmente que não há provas de compra de voto', afirmou Puty.
O deputado informou que ainda não foi notificado de decisão judicial. Puty disse também que recorrerá da decisão ao TSE. 'A vida segue, estou tranquilo e continuo defendendo os interesses do Pará', finalizou.

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