BLOG DE RNPACARJAS

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quarta-feira, 13 de julho de 2011

BR 158 Reflexões

Inicialmente, ainda no governo FHC, a PA 150 no trecho Santana / Redenção foi transformada em BR 158. A intenção era integrar o centro-oeste ao norte, além de ser acesso rodoviário ao modal ferroviário com a projeção do terminal de grãos em Colinas- To. A próxima safra de grãos do nordeste do Mato Grosso já poderia ser transportada por este modal, digo ia, porque não acredito que o investimento na BR seja realidade até lá, parece que não há preocupação na racionalidade logística. As pontes de madeira foram transformadas em meias-pontes de concreto/estrutura metálica, único meio investimento feito na rodovia, em período FHC.
No governo Lula a BR estendeu-se até Marabá. Além de atender melhor o sul do Pará, percebo quea intenção era manter o principal acesso rodoviário às maiores jazidas de minérios do mundo(Carajás e adjacências). Justo, pois com a Lei Kandir os Estados deixaram de receber vultosas quantias em ICMS. Mas por outro lado, as empresas que reinvestiram os valores referentes às desonerações, aumentaram seus investimentos em dez vezes ou mais como é o caso da Vale. Isto causou enorme impacto positivo tanto nos impostos e contribuições federais, estaduais e municipais. Em quanto estes valores aumentaram, em contrapartida, os governos tem sido justos com o sul do Pará? Sei da resposta subjetiva pois moro nesta região. Zero Lula na BR.
Objetivamente vamos enumerar as receitas federais. Considere-se aqui agregados como oriundos de todos os equipamentos, máquinas, veículos, insumos, serviços, folhas de pagamentos, etc . Quanto se arrecada de CFEN, IPI, IR, PIS/CONFINS,FEP. Anualmente, centenas de milhões gerados são pulverizados, para locais alheios ao sul do Pará. Não tenho ideia exata de quanto seria justo o Governo central gastar por aqui. Mas, o acesso rodoviário a maior província mineral do mundo é vergonhoso. Pois as receitas geradas são de bilhões e bilhões de reais ao ano. A BR 158 assemelha-se a estradas que levam nada a lugar nenhum abandonada, entretanto o volume de riquezas e pessoas que transitam são consideravelmente vultosos.
Então perguntamo-nos, “por que”. Quando será justo que se planeje e execute melhorias ou melhor, manutenção desta via. Acredito que menos de um % do que a União arrecada aqui anualmente a deixaria com trafegabilidade normal. Não sou nem tenho vocação à reacionário. Entretanto, algo é necessário fazer. A maioria dos cidadãos sul paraenses não tem ideia do montante que contribui para a nação, como impostos e contribuições, geração de renda, altos saldos no balanço de pagamentos, e outros. Precisamos informar e provocar reflexões. A União e o Estado nos deve e não é pouco. Acredito que a mais eficiente maneira de receber o de direito seja “ESTADO DE CARAJÁS JÁ”. A solução de grande parte de nossas mazelas e amarras seriam sanadas e desfeitas.Certezada chegada do Desenvolvimento Econômico Pleno.
Francisco José Medeiros Barbosa, economista, 23 anos de sul do Pará

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